Mesa redonda mostra como redes sociais ajudam inserir jovem na sociedade
Por Jessica Mobílio
O último dia do Intercom 2010, 06 de setembro, trouxe a mesa redonda sobre a Comunicação, Juventude e Cidadania. O debate abordou o papel social dos veículos de comunicação. A Internet foi base para as amostras de trabalhos desta tarde. A discussão voltou-se para o tema: “O que é cidadania para o jovem?”.
Olga Sodré é doutora em psicologia clínica, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio), a palestrante comentou sobre sua pesquisa de desenvolvimento psicológico na juventude.
Esse projeto foi relacionado às mídias digitais, que interferem diretamente no cotidiano dos adolescentes, além de citar a participação dos pais no universo de seus filhos. Olga reafirmou a necessidade de acompanhamento dos familiares nessa etapa de crescimento. “A interação no ciberespaço a favor da cidadania, torna-se uma forma de complemento para o jovem, na sua formação”.
O participante, Fábio Luiz Malini da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), colocou a Internet como ferramenta de cidadania, no campo da comunicação. Ele falou do copyright – direitos autorais, e as reivindicações de liberdade de expressão que trabalham para a inclusão digital de todas as classes sociais. “Lutas entre a imprensa e política ganham espaço, através desses veículos rápidos”, disse Fábio.
Outro fator, considerado pelo professor, tratou-se do conflito da transparência e privacidade no meio digital. “Apesar da lei de direitos autorais, o descontrole de informações é visível”, finalizou o palestrante. Ainda citou as redes sociais e censuras aos blogs como gancho.
O trabalho apresentado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) foi realizado a partir de entrevistas com 150 alunos de quatro escolas, com o intuito de descobrir se o estudante do ensino médio é inserido na sociedade, por meio das redes sociais. A pesquisa concluiu: “As pessoas que não estiverem conectadas às redes sociais estão fora do mundo atual”, disse professora da UFG. Apesar dos números de acesso à internet, uma parcela da população ainda é excluída, por diferenças socioeconômicas. “A sociedade de massa ajuda a construir cada vez mais indivíduos distintos, grupos distintos e formas de existência diversas”, comentou coordenadora da mesa.
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