O empreendedorismo, de modo geral, apresenta diferentes tipos de finalidades, todos com o mesmo objetivo de validar um modelo de negócio. Porém, possuem ideais distintos. O Afroempreendedorismo se introduz como um deles.
Inserido na categoria de empreendedorismo social, o objetivo principal do empresário é estimular a inovação e a criação de novos negócios, ampliando as oportunidades de trabalho e renda para os negros no Brasil. Atualmente os negros representam 52,9% da população brasileira de acordo com o IBGE, sendo que conforme estudo baseado na PNAD, pesquisa nacional por amostra de domicílios, indica que 50% dos proprietários de negócios são pretos ou pardos.
Mesmo representando maioria em números, poucos negros se encontram em cargos de importância nas empresas. De acordo com a pesquisa feita pelo instituto Ethos, os negros representam 6,3% na gerência das maiores empresas do Brasil, sendo 4,7% de pretos e pardos no quadro executivo e 4,9% no conselho administrativos. A pesquisa também aponta que o mercado se mantém desse modo porque as empresas não estão preparadas para receberem funcionários negros. O Afroempreendedorismo, a fim de mudar essa realidade, possui alguns empreendimentos voltados para a população negra, sendo eles:
Diáspora Black
Criada por André Ribeiro, Carlos Humberto e Antonio Pita o empreendimento atua como um Airbnb, porém voltado ao turismo de experiência. Nessa modalidade o usuário não só viaja para algum destino do país, mas também passa por um processo de conhecimento da cultura do local onde está hospedado. Dessa forma, tem-se uma reafirmação dos diversos traços da cultura negra e um aumento de renda das pessoas participantes.
Feira Preta
Criadora da Feira Preta, Adriana Barbosa
Criado em 2002 por Adriana Barbosa, a feira funciona como um local de aceleração e oportunidade para negócios voltados ao Afroempreendedorismo. “A Feira Preta é o espelho vivo das tendências afro-contemporâneas do mercado e das artes, além de ser o espaço ideal para valorizar iniciativas afro-empreendedoras de diversos segmentos”, afirma Adriana.
Hoje a Feira Preta possui um instituto que recebe o mesmo nome. Ele foi idealizado por colaboradores negros de várias áreas como artes, gastronomia, comunicação, entre outros. O espaço colabora com o mapeamento do afroempreendedorismo no Brasil e promove atividades pelo Brasil inteiro.
Joana D’Arc Felix
Joana é uma pesquisadora renomada com mais de 80 prêmios e 15 patentes nacionais e internacionais. Aos 14 anos, ela já cursava o curso de química na Unicamp e logo mais já completava seu pós doutorado na Universidade de Harvard.
Felix voltou ao Brasil para cuidar de sua mãe e aproveitou a oportunidade para continuar desenvolvendo sua pesquisa, porém com o diferencial de envolver jovens da periferia no processo. De acordo com Joana D’Arc seu objetivo é “ transformar uma metodologia tradicional em algo prazeroso”. A prática foi denominada Curteendedorismo e possui a finalidade de ensinar os alunos a utilizarem os recursos naturais a sua disposição na prática do curtimento artesanal como uma forma de renda alternativas para os estudantes.
Quer saber mais sobre o empreendedorismo e suas vertentes? Fiquei ligado no Blog da Jornal Jr.