Esporte, formatos de linguagens e mudanças alternativas nas mídias tradicionais são temas abordados no primeiro dia da Semana de Jornal 2017
A abertura da Semana de Jornal 2017 começou com a presença de membros importantes da UNESP e da FAAC: Francisco Belda, Ferdi, Maria Cristina Gobbi e Angela Grossi. O tema da Semana, “Isso é jornalismo?” foi escolhido com o objetivo de discutir formas de exercício do jornalismo que geralmente não são discutidas dentro da universidade.
O primeiro convidado da Semana de Jornal 2017, o editor-chefe Alexandre Azank começou o debate se posicionando sobre uma questão muito discutida: O diploma para o exercício de jornalismo. Para ele, o diploma é extremamente necessário.
Quanto ao esporte, Alexandre começa ressaltando que esse assunto geralmente não é visto com tanta importância quanto política e economia. Ele sempre discordou dessa visão, pois para ele “o esporte é uma forma de entretenimento que deve ser visto de forma ética”, assim como os outros assuntos. O jornalista sempre foi muito fascinado pelo esporte, e ele menciona que é um prazer poder trabalhar com algo que gosta, mas que é preciso sempre se manter aberto a aprender um pouco de tudo, já que a profissão de jornalista pode se mostrar muito versátil.
A discussão se direcionou também para a área da linguagem jornalística. Para Alexandre, o mercado tem se tornado cada vez mais abrangente, uma vez que passou de ser apenas reportagem para cada vez mais englobar o entretenimento. Ele confessa que sua visão diante do esporte nem sempre foi a mesma. Além disso, cita que antigamente você só fazia a reportagem, mas hoje o mercado está tão incluso que você precisa saber fazer um pouco de tudo.
Para Alexandre, a nova linguagem jornalística, que mistura a informação com o entretenimento, tem atraído cada vez mais os jovens para o mundo do esporte como vertente do jornalismo e que é necessário haver um equilíbrio entre as matérias mais divertidas e as mais informativas. De acordo com ele, “tudo é aceitável, desde que esteja dentro de um limite”.
Alexandre Azank, formado pela UNESP na turma de 2007, confessa que o cidadão interiorano é muito apaixonado pelo esporte e que investir nas cidades mais afastadas gera certa democratização da informação sobre o esporte uma vez que as pessoas, que muitas vezes não podem ir a um estádio ou ter contato direto com esportes de alto nível, tem o contato através da televisão.
Por fim, a discussão se direciona para mulheres no esporte e ainda no interior. Para Alexandre, as mulheres se encontram no caminho certo e estão ganhando cada vez mais espaço esporte. Entretanto, o Brasil é um país com uma cultura extremamente machista, o que muitas vezes pode desmotivar as figuras femininas a quererem seguir a carreira do esporte.
Alexandre finaliza a palestra com a ideia de que é preciso sempre reforçar que “antes de ser um jornalista, você é um cidadão” e independente de posição política, sexualidade e gênero, todos são dignos de respeito.