Por Pablo Marques
Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Cátedra pela Unesco e doutor pela USP. José Marques de Melo, fundador e ex-presidente do intercom é uma das figuras mais importantes da comunicação no país. O professor de jornalismo iniciou suas carreira aos 15 anos e a hoje aos 66 anos, após muitas publicações de livros e artigos ainda tem energia para continuar suas pesquisas e tem planos de viver até os 108 anos.
Pablo Marques: Agora como o lançamento da sua biografia, qual fato da sua vida o senhor gostaria de ressaltar?
José Marques: Eu gostaria de ressaltar o que eu não vivi ainda. Porque eu ainda quero viver muito mais, pelo menos até os 108 anos.
PM: Nesses 108 anos o que o senhor ainda gostaria de pesquisar?
JM: Eu ainda tenho tantos projetos inconclusos, que eu gostaria dar prosseguimentos a eles. Agora mesmo, eu estou iniciando um projeto com a professora Marialva Barbosa, sobre a história do campo da comunicação no Brasil. Nos próximos 5 anos eu e ela estaremos ocupados com isso.
PM: Dentre os seus inúmeros projetos um está relacionado a integração dos países falantes da língua portuguesa. Como anda esse projeto?
JM: Esse projeto já avançou muito e nós estamos ampliando ele, integrando não só os de língua portuguesa como também os de língua espanhola. Criamos agora uma confederação ibero-americana de comunicação É um projeto mais ambicioso ainda.
PM: Qual o seu projeto mais atual?
JM: O meu projeto atual é sobre tudo, viver com meus netos e escrever uma série de coisas que eu gostaria da minha memória.
PM: O senhor participou da discussão sobre a formação do jornalista no Brasil. Como o senhor analisa a formação dos jornalistas hoje? E é a favor da exigência do diploma?
JM: eu sou a favor da formação universitária de qualidade. E acho que as universidades estão devendo muito aos jovens que se formam hoje. Eles tem diploma, mas não tem competência. Está precisando juntar o diploma e a competência.
PM: Você acredita que o jornalismo e os estudantes estão passando por uma crise?
JM: Os estudantes não estão em crise. Eles só estão em busca de um mundo melhor. O que está em crise é a universidade. Ela precisa mudar para atender a demanda da nova geração. O grande equivoco da universidade é não dialogar com os jovens e não conhecer suas demandas.
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